Falar sobre os perigos da programação da Televisão no Brasil, parece chover no molhado, uma vez que, todos sabemos de seus malefícios. Mas o tema merece ser revisto, considerando que no momento atual, tanto no Brasil como em todo o mundo, a televisão é o objeto de maior prestígio como veículo de comunicação e entretenimento, possibilitando ser o mundo uma única tribo.
A televisão encanta pela sua magia em permitir que pessoas nos mais distantes rincões desse Brasil, vivenciem a realidade ao vivo, do que acontece do outro lado do mundo. Ainda, com a sensação de estar presente nas cidades e lugares, onde, talvez, jamais poderiam estar. É sem dúvida um instrumento de nivelação social, onde ricos e pobres usufruem do mesmo conteúdo, o que muda é apenas o modelo do aparelho.
A presença da televisão na vida das pessoas hoje em dia é algo que preocupa. Ela é com certeza o membro a mais da família, e que passa a merecer a atenção de todos. A forma estrategicamente pensada para inserir as crianças no mundo ilusório televisivo, é covardemente competente; chega a comprometer o futuro de uma geração. As crianças são o futuro da nação.
É desafiante enfrentar a força escravisadora da televisão brasileira, exigindo muita determinação e temor de Deus para não se submeter aos seus caprichos. Para a crítica intelectual, não é simpático e inteligente falar mal da televisão brasileira. Por isso não se vê atitudes firmes das autoridades e políticos contra a ardil proposta que ela nos traz; penso e vocês simplesmente me seguem.
A revista Carta Capital nº 71 de dezembro de 2005, publicou uma reportagem, onde diz que uma pesquisa realizada pela Rede GLOBO identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional, como sendo um sujeito preguiçoso, burro e que adora ficar no sofá, assistindo a TV, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. Ou seja, um ser que não pensa e que jamais questionará as baboseiras que assiste.
Em pesquisa recente feita durante uma semana os estudantes da escola de comunicação de São Paulo, anotando todas as cenas violentas e imorais exibidas durante toda a programação das emissoras de televisão brasileira, chegaram a números assustadores como: 114 relações sexuais explicitas, 1940 tiros, 651 brigas. A televisão brasileira é tão perniciosa que uma criança que assiste televisão por muito tempo, quando completar 16 anos, terá assistido 18.000 (dezoito mil) assassinatos.
A programação da televisão aberta no Brasil é tão ruim, que se torna difícil falar sobre vantagens que este meio de comunicação de massa pode nos propiciar. Além da importância da informação atualizada, somente o bom uso do controle remoto se torna vantajoso para o usuário.
É utópico, mas necessário sonhar, que um dia a televisão brasileira poderá ser usada para instruir, para educar, para formar pensadores, e não simplesmente alienar. Que um dia os intelectuais sejam oriundos dos bancos das escolas e não da novela das oito. Que o padrão de comportamento das pessoas, sejam fruto da formação familiar e não dos programas de entretenimento. Sonhar que um dia as pessoas irão desligar a televisão para protestar contra a banalização da vida, do desmanche da moralidade, que vemos hoje na programação da televisão aberta no Brasil.
Sonhar que Deus levante no parlamento homens e mulheres comprometidos com o seu reino, com coragem e competência para propor leis que salve nossas famílias da escravidão imposta pela televisão brasileira.